A oposição ao prefeito de Madre de Deus ainda não conseguiu alinhar o discurso sobre como combater a administração municipal, que mesmo diante das profundas fissuras na base governista, não sofreu nenhum impacto significativo diante de “jargões” e criticas desferidas pela oposição no plenário da Câmara Municipal .
As denúncias mais graves contra a gestão municipal foram feitas por cidadãos que apontam disparidade entre o discurso do governo e a renda do município. Num cenário teoricamente estável proporcionado pela oposição, as últimas críticas duras direcionas ao gestor partiram de aliados, tanto nos bastidores quanto da tribuna da Casa de Leis.
A divisão na base governista reacende a disputa por espaço, que após a dramática escalada de aliados para vitória do prefeito, alegam que “não sentiram o gosto do pódio”. Na política de esquecimento implantada pelo gestor, os aliados amargam às críticas de eleitores que cobram um posicionamento sobre melhorias nos serviços públicos.
A base no legislativo recebeu um papel ilustrativo no cenário político municipal, e o poder Executivo selecionou os secretários que fazem parte do grupo de elite na administração, que por sua vez, roubaram a cena e se transformaram nos “queridos” do gestor, porém, com papeis secundários. Embora, com um grau de importância e visibilidade para o gestor que superam a base de sustentação do governo no legislativo.
A elite são os secretários de confiança do chefe do Executivo como a família, e aqueles que ganharam crédito e respeito do mandatário. Na corrida por espaço, as articulações e costuras, ocorrem em reserva, entre a base governista e a bancada oposicionista na Câmara. A intenção é formar um bloco para garantir a eleição da mesa diretora no próximo biênio.
As duas maiores bancadas na Casa, tentam aparar as arestas, para que o namoro se transforme em casamento. Na base aliada, por hora, dois partidos aparecem como protagonistas no contexto político. O PC do B com dois secretários e um vereador, e o PRB com o vice-prefeito e três vereadores. À medida que o campo no centro do tabuleiro governista se pulveriza, crescem as chances de dissidência entre aliados, depois de um mal-estar gerado entre membros das duas legendas que saiu da esfera politica e partiu para o pessoal. O enfrentamento silencioso, esquentou o clima entre aliados e causou desgaste na base governista.
Na dividida, a fragmentação de aliados causa desconforto principalmente para o candidato do prefeito a Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (ALBA), que apesar de ocupar um cargo no município de primeiro escalão, aparece na cidade ocasionalmente.
Com a proximidade das eleições, a estratégia do governo para amenizar a insatisfação da população e de aliados é entregar a creche com algumas vagas de emprego e promessas de novas oportunidades no futuro, além disso, com a saída da empresa de telemarketing, o governo tenta trazer uma nova empresa para reduzir o número críticas e alinhar o discurso progressista para ofuscar a sombra da rejeição política que afeta o governo, mas não impulsiona a oposição.
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