A polícia militar dispersou um grupo de manifestantes contra reforma da Previdência que realizava um protesto em Camaçari, na região metropolitana de Salvador, na Via Parafuso nas proximidades do viaduto da Cascalheira na manhã de segunda-feira (19). Os manifestantes atearam fogo em pneus e madeiras e bloquearam a via nos dois sentidos.
Durante a negociação foi solicitado pela PM para o grupo desobstruir parte da via. A deputada Luíza Maia (PT), que apoiava o protesto das centrais sindicais pediu a polícia ‘paciência’, e justificou que o ato de protesto é ‘legitimo’. Em um vídeo divulgado pela deputada, ela afirma que a polícia atirou de ‘fuzil nos manifestantes’, no carro de som, e usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o grupo. Ela repudiou a ação da polícia ao que chamou de ‘estupidez’.
“Nós vamos continuar lutando: mesmo com bombas, com tiros no carro de som, mesmo com tiros nos manifestantes! Nós não temos medo de agressões da polícia, porque não estamos fazendo nada de errado. Nós estamos aqui lutando por um direito nosso”, disse a deputada em dos trechos do vídeo.
A parlamentar ainda garantiu que iria falar com o comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Anselmo Brandão para que fosse apurado a ação da PM.
“Essa não é a polícia cidadã do nosso governador Rui (Costa) e nem do Coronel Anselmo”.
(Veja o vídeo abaixo)
De acordo com informações do presidente da CUT, Cedro Silva, divulgadas pelo G1, a manifestação ocorria de forma pacífica. Ele diz ainda que os policiais militares dispararam balas de borracha contra os manifestantes, deixando 3 a 4 pessoas feridas.
Conforme o comunicado da Polícia Militar, o comandante do 12º Batalhão ainda apura se houve disparo de bala de borracha e se houve pessoas feridas durante a ocorrência.
Ainda segundo a PM, o policial que disparou contra o carro de som é ouvido na sede do 12º Batalhão, para que “providências legais” sejam adotadas.
“A Polícia Militar apura qualquer postura/comportamento que fuja da técnica policial, pois o papel da corporação em manifestações é garantir a ordem pública, o direito das pessoas se manifestarem, bem como o direito de ir e vir do cidadão. Todo tipo de excesso cometido por integrantes da corporação será rigorosamente investigado”, afirma o comunicado da corporação.
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