Durante entrevista Ben Affleck fala sobre assédio: ‘ O mais importante a fazer é dar apoio’

'Como homens, precisamos nos tornar mais conscientes do nosso comportamento e nos responsabilizar', disse o ator.

Ben Affleck (Photo by Frazer Harrison/Getty Images)

Em plena campanha de lançamento do filme Liga da Justiça, Ben Affleck foi obrigado a falar sobre as recentes denúncias de assédio e abuso sexual envolvendo figurões de Hollywood — além de uma acusação contra o próprio. Convidado do The Late Show, ele foi questionado pelo apresentador Stephen Colbert sobre sua ligação com o produtor Harvey Weinstein, e o caso da atriz e repórter da MTV, que acusou o astro de apalpá-la diante das câmeras.

O primeiro grande sucesso de Affleck, como ator e roteirista, foi Gênio Indomável (1997), produzido por Weinstein. Outras produções do início de sua carreira , como Procura-se Amy (1997) e Shakespeare Apaixonado (1998), também tiveram o dedo do produtor, hoje afastado da indústria por causa dos escândalos. “A experiência de participar desses filmes está manchada quando você se dá conta de que, enquanto filmava e vivia essas experiências, alguém estava sofrendo e experienciando coisas horríveis”, lamentou. Ele também contou que, após saber da verdade, fez questão de doar os lucros de seus primeiro filmes a instituições que lutam contra a violência sexual.

Sobre seu comportamento durante a entrevista para a MTV, em 2001, quando tocou os seios da repórter ao abraçá-la, Affleck assumiu que foi inapropriado e se desculpou. “Como homens, precisamos nos tornar mais conscientes do nosso comportamento e nos responsabilizar e dizer: se eu sou parte do problema, quero mudar e fazer parte da solução. O mais importante a fazer é dar apoio a essas vozes que estão se levantando, acreditar nelas, e criar uma indústria na qual mais mulheres são empoderadas e em que menos coisas assim possam acontecer, e assim haverá uma maneira de denunciar isso e as pessoas se sentirão seguras”.

O astro ainda disse que o momento é perfeito para mudanças. “Eu achava que sabia como as coisas funcionavam, mas a verdade é que eu não sabia”, desabafou. “Não entendia como era ser apalpado, assediado, interrompido, mal pago, colocado à parte, todas as coisas pelas quais as mulheres convivem e que eu, como homem, tenho o privilégio de não ter que lidar”.

/Via Veja

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