O prefeito de Madre de Deus, Jailton Polícia (PTB) sugeriu que os moradores comprassem os remédios que estão em falta com dinheiro de benefícios sociais. A declaração foi feita durante entrevista na rádio Madre FM nesta terça-feira (16). O gestor foi questionado pelo apresentador após uma ouvinte reclamar minutos antes da entrevista sobre a falta de medicamentos de uso contínuo que são distribuídos gratuitamente na Farmácia Básica do município.
Jailton responsabilizou Jeferson Andrade (PP), justificando que está no cargo há 40 dias, e que, o antigo gestor deixou um rombo na saúde de mais de R$ 4 milhões. Ele acrescenta que não encontrou nenhum remédio quando assumiu a prefeitura e está se esforçando com a equipe para distribuir os medicamentos.
“Será que essas pessoas não teve ninguém na família que pudesse receber R$ 600 ou um benefício da prefeitura, que pudesse neste momento, poder ir até a farmácia comprar um remédio? Porque não é só o benefício do município. O Governo Federal tá disponibilizando benefício para todos os moradores que estão desempregados, que muitos dizem: ‘Ah! E os desempregados vão fazer o quê?’. Todos estão recebendo o benefício, a maioria, mais de 90%! Eu não posso nem dizer todos, mas a maioria. Então será que a pessoa não vai ter dinheiro para gastar R$ 5 para comprar um remédio, mesmo que seja de uso contínuo?”, interpelou Jailton.
Ouça o áudio:
O chefe do Executivo apontou um número percentual superior a 90% de beneficiários que receberam o Auxílio Emergencial do Governo Federal, mas não mencionou a fonte.
Ele volta afirmar que sabe que a Farmácia Básica está vazia pelo rombo encontrado na saúde de R$ 4,5 milhões. Discorrendo em seguida sobre ter que assumir o que chamou de “pepino”.
Segundo o mandatário, o antigo gestor junto com a empresa que estava administrando o Hospital Municipal deixou um prejuízo para maioria dos comerciantes de Madre de Deus: “Posto de gasolina, empresa de alimentação, o pessoal que fazia limpeza do hospital, os médicos com dois meses sem receber salário”.
Jailton disse ainda que não pode responder por tudo na administração “porque é uma continuidade de uma coisa de que já vinha errado, eu tô tentando acertar a partir desse momento”.
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