Jailton chama empresa de ‘irresponsável’ e diz que não tem nada no almoxarifado do Hospital: ‘Falta tudo’

Segundo o gestor, a prefeitura de Madre de Deus está emprestando materiais a unidade de saúde. 

Em rádio, Jailton diz que divida é do município e afirma que Dailton tem obrigação de pagar-Foto: Bahia Manchetes.

O prefeito de Madre de Deus, Jailton Polícia (PTB), que completou 30 dias à frente do Executivo, disse nesta segunda-feira (1º) ao Bahia Manchetes que a prefeitura está emprestando materiais ao Hospital Municipal e descreveu o Instituto de Gestão Saúde e Tecnologia (IGST) que administra a unidade de saúde como ‘irresponsável’.

“A empresa deixou de fornecer insumos para o Hospital, hoje, a prefeitura está assumindo esse papel, a título de empréstimo, tirando do almoxarifado da saúde da prefeitura e levando para o Hospital porque tá faltando materiais”, diz. E completa: “Não tem nada no almoxarifado do Hospital! Então, eu não posso ser irresponsável de deixar faltar os materiais que os médicos precisam para fazer as intervenções que chegam diariamente no Hospital”. 

O prefeito destaca que a “irresponsabilidade da IGST é tão grande, a ponto de deixar faltar medicamentos, deixar faltar material, deixar faltar tudo que o Hospital precisa para poder tá atendendo melhor a comunidade”.

O gestor também mencionou que após reunião com vereadores e comerciantes resolveu adotar um novo horário para o toque de recolher no município, que vai passar a vigorar das 18h às 5h, como medida restritiva para evitar circulação de moradores nas ruas.

Ele ressalta que uma série de ações para combater a disseminação do novo coronavírus foram adotadas no município. Segundo Jailton, um dos decretos suspendeu o funcionamento de bares e restaurantes, mas depósitos começaram a atuar como bares, gerando aglomerações.

Em seguida, ele agradeceu aos moradores que “abraçaram a causa” de combate à doença, com poder público. O chefe do Executivo, disse que solicitou a autorização do Ministério Público Federal para utilizar o PSF-3 como centro de referência para tratamento de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus.

“Estamos aguardando esse retorno do Ministério Público Federal para ver se a gente vai conseguir, neste prazo de tempo tirar do Hospital para uma outra localidade que não ofereça tantos riscos a nossa comunidade”, afirma.

Para Jailton, toda gestão deixa sua contribuição positiva ao citar a redução da violência durante a administração anterior e aponta contratos entre a prefeitura e o Hospital como pontos negativos.

“Juntando de lá pra cá, foi feito uma avaliação com todas as empresas que passaram [pelo Hospital] e hoje nós temos um rombo de quase R$ 5 milhões nos cofres públicos”, disse.

Ainda conforme o gestor, existiam vários contratos na prefeitura que foram cancelados ao justificar que eram desnecessários.

“Estamos reduzindo em 30% a maioria dos contratos vigentes com a administração pública, infelizmente o nosso município perdeu quase 50% de sua arrecadação. Saímos de R$ 14 milhões, R$ 12 milhões para aproximadamente esse mês para R$ 7,4 milhões”, disse Jailton, acrescentando que está buscando parcerias para que a queda na receita, não inviabilize as ações do poder público de combate à Covid-19.

 

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