A Prefeitura de Madre de Deus prorrogou para o próximo dia 13 de outubro a retirada das barracas na praia do Bonfim em Madre de Deus. Na terça-feira (1), um grupo de comerciantes conseguiu adiar a remoção das barracas. Durante uma reunião nessa quarta, com a responsável pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (SUCOM), Kátia Carmelo, a data foi renegociada.
O comerciante Pedro Santos, que trabalha no local há quase 18 anos, disse que sempre lutou pela organização da praia.
” A gente trabalha sem higiene e as barracas realmente estão feias. Eu pedi pra que a prefeitura colaborasse porque querem padronizar, realmente fica mais bonito. Mas tudo que a gente queria era que a prefeitura entrasse conosco, pra que comprasse esses toldos e que a gente fosse pagando parcelado, pra ficar bonito, para que o turista viesse para as nossas barracas que hoje já não vem”, lamenta.
Ainda conforme o comerciante, a expectativa é que o local seja reorganizado, mas acresenta que não acredita nisso.
“Foram diversas reuniões e nada foi passado. Eles vem sempre naquela coisa da ditadura, obriga e querem que a gente retire, mas a contraproposta que eu lancei em relação aos toldos para que a prefeitura entre e compre e que a gente pague. Não tem! Nós não temos um toldo, não temos nada, a gente só tem… Hoje é assim, eles falam e a gente cumpre [sic]”, reclama.
Segundo Kátia, a justiça determinou a retirada das barracas em 2016, e a decisão não foi revogada até hoje.
“O Ministério Público Federal nos cobra uma posição porque já verificaram o estado calamitoso que está a praia. Então, temos que rearrumar, limpar, nós já encontramos até casa de rato aqui dentro: focos do mosquito da dengue, cobra, rato morto dissecado. A situação é muito complicada. Precisamos higienizar as areias, limpar, precisamos tirar o que tem de excedente de óleo , precisamos tirar os animais peçonhentos que tem embaixo”, disse Kátia, que completa informando que a justiça havia determinado a utilização de 30 tendas no local, mas a prefeitura apresentou uma justificativa junto com técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), solicitando que o espaço seja usado por 45 tendas para contemplar um maior número de comerciantes.
Ela explica ainda que a remoção das barracas vai cumprir os mesmos moldes do que aconteceu em Salvador, Lauro de Freitas, Porto Seguro e outras cidades litorâneas, disse ainda, que o prazo foi apresentado a Superintendência do Patrimônio da União é improrrogável.
Algumas barracas chegaram a ser retiradas e os materiais recolhidos foram levados para um área que pertence a prefeitura.
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