O empresário Ivanilson Souza registrou imagens e publicou numa rede social a situação atual da localidade conhecida como “Genvelho”, em Madre de Deus. No post, ele ressalta que é a favor do progresso no município, apontando benefícios como a geração de emprego e renda. Discorrendo em seguida sobre os problemas causados pelo empreendimento.
“A trilha ficava longe do empreendimento, a mais de 50 metros, mas hoje já chegou em nossa trilha, cortou parte da trilha deixando um barranco de quase 15 metros de altura. Risco enorme de alguém se acidentar”, escreveu.
Ele conta que pediram ao responsável pela obra para fazer uma proteção para evitar acidentes, mas o funcionário se negou.
“O responsável pela obra disse que não ia fazer nada, que se nós quiséssemos era para nós mesmo fazermos (sic)”, completa.
Ele defende que as empresas que desejam vir para o município devem manter uma relação harmoniosa com a comunidade.
Logo depois, descreve a dificuldade de um morador para conseguir autorização quando pretende cortar uma árvore nas imediações de seu imóvel. “Vimos aí pelas fotos e que centenas ou talvez milhares [de árvores] foram cortadas”, lamentou.
Ao Bahia Manchetes o empresário disse através de mensagens que “é preciso conhecer de fato o projeto” e questiona o que “vai ficar para Madre de Deus”.
“Sabemos que a feira e a peixaria sera aí. Mas é preciso saber o que mais será construído porque a área é muito grande. Se tiver muitos benefícios para o turismo, para o povo e o comércio sou a favor”, afirma.
Interpelado sobre possíveis impactos ambientas no terreno, ele aponta que não sabe dimensionar porque não tem experiência na área, mas acresenta que “muitas arvores foram cortadas”.
“Pelas questões ambientais acho que tem que arcar com as responsabilidades e deve ter as punições devidas”, asseverou.
A página oficial do PSOL no município questionou o post do empresário ao afirmar :”Como um empreendimento privado vai beneficiar a cidade? O mesmo tem como objetivo o apoio logístico e estrutural a outros empreendimentos. O que a sociedade civil deveria questionar é como uma área de proteção ambiental foi parar nas mãos desse grupo empresarial, quais foram as ações tomadas pelo poder público para proteger a área? Cobrar investigação para saber quem ou quais pessoas se beneficiaram disso?”.
A liderança do partido direcionou a responsabilidade para todos do município , depois publicou outro texto cobrando o posicionamento de Souza: “Você representa uma associação civil e não deve se omitir em relação a isso […]”.
O empresário acenou de forma positiva e destacou que Associação de Comercio e Indústria de Madre de Deus (ACIM), não iria se omitir.
Em outro texto, a liderança do Psol lembrou que à ” área sempre foi alvo de promessas eleitorais, desde o governo Carmem, existe a promessa de que ali seria implantada a indústria pesqueira do município”. Em seguida, aponta que o projeto não foi e nem será apresentado a comunidade por que não diz respeito a população, que segundo ele, trata-se de empreendimento privado.
Vereador Juscelino Silva foi o primeiro a denunciar o empreendimento, ressaltando impactos ambientais e omissão do puder público.
Em um vídeo, o vereador convocou a população para entrar com uma ação contra a obra que segundo ele, ocupa mais de 60 mil metros quadrados: “Pegando de Madre de Deus a próximo de Santo Estêvão, é essa área que esta sendo tomada. E o gestor diz que não tem espaço para trazer fabricas para empregar o nosso povo”.(Relembre aqui)
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