No quarto dia de buscas em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, aproximadamente 280 bombeiros trabalham nas buscas após o rompimento da barragem da Vale. Desde 4 horas desta segunda-feira (28) os profissionais atuam na área que deixou pelo menos 60 mortos, sendo 19 corpos já identificados. Há 292 desaparecidos e 382 pessoas localizadas.
Neste domingo (27) a Defesa Civil de Minas Gerais informou que os donativos arrecadados em quase 72 horas após o rompimento da barragem em Brumadinho já são suficientes e que não é mais necessário o envio de mais materiais.
Entenda a tragédia
A barragem da mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, localizada em Brumadinho, se rompeu na tarde de sexta-feira (25) deixando mortos, feridos e desaparecidos.
A onda de rejeitos de minério de ferro atingiu a área administrativa da empresa e a comunidade da Vila Ferteco. O rompimento ocorreu na Barragem 1, que foi construída em 1976 e tem volume de 12,7 milhões de m³. Segundo a Vale, a barragem tinha encerrado as atividades há cerca de três anos, pois o beneficiamento do minério na unidade é feito à seco.
Vítimas
No dia do desastre, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, disse que os funcionários seriam os mais afetados. Ele informou que cerca de 300 funcionários estavam no prédio administrativo e no restaurante da empresa, mas que 100 já tinham feito contato.
A primeira vítima identificada foi a médica do trabalho Marcelle Porto Cangussu, de 35 anos. Ela trabalhava na Vale desde 2015.
Causas
Ainda não se sabe o que causou o rompimento da barreira. Uma vistoria realizada em dezembro não apontou problemas em sua estrutura e a barragem era considerada de “risco baixo”.
Bloqueio
A Justiça já decretou bloqueios de R$ 11 bilhões da Vale. Na própria sexta-feira, 25, dia do rompimento da barragem, o juiz de plantão da Vara de Fazenda Pública de Belo Horizonte, Renan Carreira Machado, determinou o bloqueio de R$ 1 bilhão nas contas da Vale. A decisão foi concedida em tutela de urgência em resposta a uma ação do governo de Estadual de Minas Gerais, que havia acionado a Vale, pedindo sua responsabilização pelo desastre.
Depois, a Justiça mineira decretou um bloqueio de R$ 5 bilhões para a reparação de danos ambientais pelo rompimento da barragem. Neste domingo, a Justiça mineira deferiu liminar determinando um novo bloqueio de mais R$ 5 bilhões da mineradora para garantir a reparação dos danos às pessoas atingidas no município após o desastre. Com informações do Estadão.
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