Nos bastidores, lideranças focam na disputa que definirá neste sábado (14), quem comandará a Câmara de Madre de Deus pelos próximos dois anos.
No páreo, estão Paulinho de Nalva (PRB) e Anselmo Duarte (DEM), ambos da base governista. Por ora, o vereador do PRB aparece como o favorito para assumir a presidência, o partido confia no cumprimento de um acordo com a maior bancada da Casa composta por quatro vereadores, três do PPS e um do PSL, o número é suficiente para garantir o comando do Legislativo, mas as articulações seguem intensas.
Disposto a costurar um acordo com pelo menos um adversário político, Anselmo nos últimos dias, intensificou uma ofensiva sobre aliados de Paulinho. Discreto e experiente, Anselmo tentou costurar um acordo em troca do voto do vereador Juscelino Silva (PPS), a manobra mudaria os rumos da disputa no apagar das luzes. Juscelino é considerado pelos próprios colegas um dos mais hábeis articuladores políticos da Câmara.
Ao longo da disputa, sem assumir a candidatura, ele participou de diversas articulações na Casa, aliados e adversários descrevem o político como “bom de jogo”, e o democrata buscava reverter o voto dele que teoricamente será dado a Paulinho.
Nos últimos dias para eleição interna, as movimentações no plenário, nos corredores e nos gabinetes da Câmara estavam intensas. Com um bom trânsito nas duas diferentes correntes, Paulinho tem a missão de sustentar a candidatura e os votos até a manhã de sábado. Enquanto Anselmo tentava se cacifar nos bastidores como opção para assumir, mais uma vez, o comando do Legislativo, posto que ele já ocupou em outras oportunidades.
O ápice do confronto entre o governo e Paulinho se deu nesta quinta, quando o prefeito Jeferson Andrade (DEM) decidiu adotar uma postura mais dura com relação ao vereador e ameaçou demitir todos os funcionários ligados a ele.
A ação ocorreu depois que o parlamentar e os apoiadores solicitaram a intervenção do Ministério Público da Bahia (MP/BA) que determinou a abertura de uma investigação preliminar da eleição interna. A base chama aliança com a oposição de “infidelidade”, já o PRB classifica como “articulação”. Após a eleição, a expectativa do governo é aparar as arestas com aliados, dado o desgaste decorrente do confronto.
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