Transgêneros pedem que Hollywood retrate melhor suas histórias

Carta publicada na revista 'Variety' tem apoio de grupos LGBT, do sindicato de atores e de nomes como Judd Apatow e Ryan Murphy.

Jill Soloway ganhou o Emmy de melhor direção em série de comédia por 'Transparent'; ela foi uma das criadoras da iniciativa 5050by2020, que assina a carta 'Querida Hollywood' (Foto: Mike Blake/Reuters)

Transgêneros apoiados por mais de 40 empresas de TV e de produção cinema divulgaram nesta terça-feira (7) uma para pedir que Hollywood retrate melhor suas histórias.

Em uma carta aberta publicada na revista “Variety”, eles pediram que Hollywood “use seu poder para melhorar as vidas das pessoas trans mudando o entendimento que os Estados Unidos têm das pessoas trans”.

A carta “Querida Hollywood” foi assinada pelo Gay & Lesbian Alliance Against Defamation (GLAAD), grupo de defesa de gays, lésbicas e transgêneros, e pelo movimento 5050by2020. Este último é vinculado à Organização Time’s Up e luta por representativade e igualdade salarial entre homens e mulheres e Hollywood.

A ação teve apoio do sindicato de atores (SAG), da entidade que reúne agentes de atores e produtoras lideradas por nomes como Judd Apatow e Ryan Murphy, dentre outros.

“Crescemos vendo filmes e programas de TV nos quais somos retratados quase exclusivamente como vítimas trágicas, assassinos psicóticos e estereótipos unidimensionais”, disse a carta.

Segundo um estudo do GLAAD, nenhum dos 109 filmes lançados pelos sete maiores estúdios de Hollywood em 2017 incluiu um personagem transgênero.

A carta veio na sequência de uma reação negativa da comunidade LGBT à escalação de Scarlett Johansson como personagem transgênero no filme “Rub & Tug”, que conta a história real de um chefão do tráfico norte-americano dos anos 1970 que nasceu mulher, mas se identificava como homem.

Scarlett desistiu do papel no mês passado, dizendo ter percebido que sua escolha foi “insensível”.

A carta reconheceu que séries de TV como “Will & Grace” e filmes como “O segredo de Brokeback Mountain” ajudaram a romper os estereótipos sobre gays e lésbicas nos últimos 15 anos.

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