Sessão na Câmara de Madre de Deus é marcada por críticas ao governo Jeferson

Os parlamentares ressaltaram  carências na saúde, educação e esporte.

Bate-boca entre vereador e advogada interrompe sessão na Câmara de Madre de Deus (Foto: Reprodução)

A sessão na Câmara de Madre de Deus foi marcada por críticas a administração municipal nesta terça-feira (12).    Alguns vereadores intensificaram o tom dos discursos e apontaram as falhas no governo do prefeito Jeferson Andrade ( DEM). Os parlamentares ressaltaram  carências na saúde, educação e esporte. A saúde municipal recebeu o maior  número de críticas.

Fogo amigo. O presidente da Casa, vereador Marden Lessa (PC do B) endureceu as criticas ao governo. Na tribuna, o comunista afirmou que a maioria dos políticos da cidade não matriculam seus filhos na rede municipal de ensino porque a “educação do município não presta”. Durante sua fala, Marden escarneceu a Associação de Proteção a Maternidade e a Infância de Casto Alves (APMI) que atualmente administra o Hospital Municipal.  Marden classifica  a APMI como   “pilantropia” e uma “merda”. Aos gritos, o presidente dispara: “Vai ter que morrer mais alguém ai dentro é?”.

“Eu vou gritar! Vou regritar, vou ser chamado de problemático, de   oposição: não me importa!(sic)”.

Marden ainda protagonizou um dos momentos mais tensos da sessão ao listar nomes de sua cota de funcionários que trabalhavam na prefeitura e foram exonerados.  À medida que Marden revelava os nomes dos demitidos, escancarava a crise na base governista.

“Eu não quero nem saber, se ela passou no Reda, no rodo ou no que… Diabo que o parta! A mim não me interessa. Ela estava na minha cota e vai ter que voltar  para minha cota: Dê o que der!”, sentenciou Lessa.      

Veja o vídeo abaixo:

Ou dá ou desce.  O vereador Pastor Melk (PPS) deixou claro seus motivos para criticar o governo. Segundo ele, um das atribuições do parlamentar  é conseguir vagas de emprego através do prefeito Jeferson Andrade (DEM), porém, quando não aparece: ‘é pau na moleira’.

 “Aqui a gente se acovarda porque não temos coragem de fazer o enfrentamento, ou não temos coragem de ir para o tête-à tête com o prefeito, como se o prefeito fosse um bicho de sete cabeças, e eu não tenho medo de bicho de sete cabeças ou de trezentas cabeças seja como for”, diz. E completa: “Às vezes a gente começa se calar e ficar parado, porque a gente tem compromisso com a comunidade também, e compromissos de empregos de… falar com o gestor para conseguir emprego para pessoas. Mas chega um momento que não vêm nenhuma coisa e nem outra… A gente tem que entender o seguinte: Chega! O discurso agora é exatamente esse: pau na moleira”, disse Melk.      

Contra-ataque.  O vereador Anselmo Duarte (DEM) fez duras críticas a dois  ex-vereadores que participaram do processo que  cassou o mandato dele por quebra de decoro parlamentar em 1992. Ele rebateu as declarações do ex-vereador e relator da época, Roque Rádio que em entrevista ao Bahia Manchetes disse que Anselmo teria sido cassado por quebrar um carro da Câmara.

Em sua defesa, Anselmo disse que não houve provas que ele teria jogado pedra no carro da Câmara. Em seguida, entra em contradição, ao afirmar sem citar nome, que arremessou a pedra para atingir o então vereador e presidente da época, Nilson Sales, que nas palavras de Anselmo, teria negado socorro a mãe dele.

“Diz que eu depredei um carro da Câmara, um patrimônio da Câmara. Isso não foi provado que eu depredei o carro da Câmara […] Quem não sabe, quando aconteceu aquele episodio do… do… [que] supostamente eu depredei o carro Câmara. Muito pelo contrario eu queria acertar era na pessoa que negou um socorro a minha mãe porra!”, continuou o democrata.  “Deus é tão bom que castigou esse tal relator [Roque Rádio] da CPI da época lá. Deus castigou ele sabe de que forma? Ele pegou o carro da Câmara se vocês não sabem… Quer remoer? Vamos remoer? Pegou o carro da Câmara, simplesmente saiu para Fonte Nova; Fonte Nova- velha com seis pessoas dentro, esse carro virou gente. Porque não se coloca isso também seu relator?”, questiona Anselmo.   

O democrata também declarou que 99% dos vereadores que o cassaram saíram do Legislativo.

O assunto ganhou notoriedade no município no dia 1º de agosto. Logo depois, que o vereador Val Peças (PSL) líder da oposição, solicitou ao presidente da Câmara Marden Lessa (PC do B) em “regime de urgência” a instalação da Comissão de Ética para formalizar uma denúncia contra o vereador Anselmo por quebra de decoro parlamentar. Após o Ministério público instaurar um inquérito para investigar um suposto esquema de “enriquecimento ilícito” envolvendo além do vereador Anselmo e do prefeito Jeferson, mais três outros agentes políticos. Na ocasião, Val acusou Anselmo e o prefeito Jeferson Andrade (DEM) de “formação de quadrilha”.

Veja o vídeo abaixo:

As promessas. O vereador Val Peças (PSL), líder da oposição na Câmara iniciou sua fala, com uma reflexão sobre a administração do prefeito Jeferson.

” Se o  prefeito que hoje ai esta, foi capaz  para se eleger presidente dessa casa de assinar um termo daquele, imagine o que ele não é capaz de fazer”.

Val ainda ressalta que a  vigem oficial do prefeito para São Paulo “é dinheiro jogado fora”.  Ele elenca, as promessas do prefeito Jeferson que não foram realizadas como Catamarã e Parque Industrial, apesar de o gestor fazer festa quando foram lançados. Segundo Val,   o chefe do executivo chegou a afirmar que iria faltar emprego para as mulheres no município.

Veja o vídeo abaixo:

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