Salvador, Feira e Juazeiro lideram número de casos de Aids em 2017 na Bahia

De janeiro a setembro, foram notificados 601 casos de Aids em adultos e oito em crianças em todo o estado.

Em Salvador, as pessoas podem fazer testes rápidos de HIV em 120 unidades basicas de saúde (Foto: Divulgação/Secom)

Os municípios de Salvador, Feira de Santana, a 100 quilômetros da capital, e Juazeiro, no norte da Bahia, são os que mais registraram novos casos de Aids em 2017, segundo dados divulgados pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).

De janeiro a até o dia 25 de setembro, quando foi realizado o último balanço pelo órgão, foram notificados 601 casos de Aids em adultos e oito em crianças em todo o estado. Além disso, foram registrados 1.207 casos de HIV em adulto e 11 em crianças.

Nesse período, 111 municípios baianos notificaram casos de Aids em adultos, sendo que 7 notificaram mais de 10 casos. [Confira na tabela]

Casos de Aids em adultos em 2017 na BA

Municipio Quantitativo
Salvador 294
Feira de Santana 36
Juazeiro 18
Vitória da Conquista 14
Camaçari 12
Lauro de Freitas 11
Teixeira de Freitas 11

Em relação á notificação de casos de Aids em criança, cinco municípios notificaram casos. Salvador lidera a lista, com quatro notificações. [Confira na tabela]

 Casos de Aids em crianças em 2017 na BA
Municipio Quantitativo
Salvador 4
Feira de Santana 1
Eunápolis 1
São Francisco do Conde 1
Valença 1

A Aids é uma doença causada pelo vírus HIV que afeta o sistema de defesa do corpo humano. O vírus do HIV ataca e mata os glóbulos brancos (células do sangue que combatem as doenças). Conforme eles contra-atacam, tentando combater o HIV, há um sobrecarregamento do sistema imunológico. As células de defesa acabam morrendo por inflamação crônica e o sistema fica vulnerável a qualquer outra doença que acomete a pessoa infectada.

No estado da Bahia, desde o primeiro caso notificado, em 1984, até novembro de 2016, foram registrados 27.523 casos casos de Aids. Desses, 17.357 (63%) sexo masculino do sexo masculino e 10.166 (37%) sexo feminino.

A taxa de detecção de Aids, conforme a Sesab, apresenta tendência de crescimento: em 2005, foi de 9,5 e em 2013 de 14,3 casos por 100 mil habitantes. Dados preliminares de 2015 apontam para 8,3 casos por 100 mil habitantes. Em 2016, até o dia 7 de novembro, foram notificados, no total, 710 casos.

Dos casos notificados, a principal via de transmissão é a sexual (83,1%). Considerando-se apenas os casos transmitidos por via sexual, a heterossexual representa 60,2%. Entre homens 44,6% dos casos foram transmitidos por via sexual, enquanto entre mulheres o índice foi de 86,7%.

O maior número de novos casos é entre jovens. De 2005 a novembro de 2016, foram registrados 1.684 casos de Aids somente em jovens com faixa etária de 15 a 24 anos: 55,1% em homens e 44,9% em mulheres.

De 2005 até 2016, foram registrados 6.160 óbitos por aids: 65,1% em homens e 34,9 % em mulheres. Já em 2016, foram contabilizados 429 óbitos por Aids.

Com relação aos casos de HIV, de 2014 a 2016, foram registrados 4.195 casos, sendo 65,5% do sexo masculino e 34,5% do sexo feminino. Nos últimos cinco anos, 1.712 casos foram notificados em gestantes no estado. Somente em 2016, foram 255 casos. O vírus pode ser transferido para o bebê através da placenta ou durante o parto e no período de amamentação.

Onde buscar tratamento

Em Salvador, o Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP), localizado no bairro do Garcia, presta assistência a pessoas vivendo com HIV/Aids, infecções sexualmente transmissíveis e realiza assistência multidisciplinar à população transgenero.

O atendimento é realizado a partir do encaminhamento dos pacientes por outras unidades de saúde ou também por demanda espontânea, após triagem.

No local, os pacientes são avaliados por equipe multidisciplinar composta por enfermeiros e assistentes sociais, que acolhem, escutam e orientam quanto à prevenção de doenças, realizam abordagem sindrômica quando indicado e encaminham para atendimento médico imediato quando necessário. Após esta avaliação os pacientes que têm o perfil para o acompanhamento em Centro de referência são encaminhados para os ambulatórios da unidade de acordo com a sua necessidade.

Também na capital, as pessoas podem fazer testes rápidos de HIV nas 120 unidades basicas de saúde (UBS). O procedimento é semelhante ao teste de glicemia, obtido através de uma gota de sangue após uma picada no dedo.

/VIA G1

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