Moradores e espadeiros foram às ruas protestar contra decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) que vetou a realização da “guerra de espadas” em Senhor do Bonfim , e suspendeu a lei municipal que tornava a prática um
patrimônio cultural e imaterial da cidade.
A decisão foi publicada na edição desta quinta-feira (22) do Diário Oficial da Justiça, um dia antes da tradicional “guerra” que ocorre todos os anos, no dia 23 de junho, durante o São João. A decisão atendeu a um pedido feito pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), que considera a prática uma atividade perigosa.
A “guerra de espadas” havia sido declarada como patrimônio cultural e imaterial da cidade no início de junho, quando a prefeitura sancionou o projeto de lei sobre a prática no município. A proposta já havia sido aprovada por unanimidade, no final do mês de maio pelos vereadores da cidade.
Os manifestantes realizaram uma caminhada passando pelas ruas Costa Pinto, Júlio Silva e Barão de Cotegipe, onde acontece o percurso da “guerra de espadas”, eles carregavam faixas com os dizeres: “Estamos em luto, assassinaram a cultura Bonfinense”, outro cartaz dizia: “Tradição não se apaga”. Os manisfestantes também carregavam um caixão que simboliza a morte da cultura local.
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