Em delação, Palocci diz que campanhas do PT de 2010 e 2014 custaram R$ 1,4 bilhão

Valor é maior do que o declarado à Justiça Eleitoral.

© REUTERS/Rodolfo Buhrer Ex-ministro Antonio Palocci

O juiz federal Sergio Moro retirou o sigilo de parte do acordo de delação do ex-ministro Antonio Palocci no âmbito da Operação Lava Jato nesta segunda-feira (1º).

Na delação, Palocci disse que:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou Paulo Roberto Costa para a Petrobras com o objetivo de “garantir ilicitudes” na estatal
Lula usou o pré-sal para conseguir dinheiro para campanhas do PT
As duas campanhas de Dilma Rousseff para a Presidência custaram R$ 1,4 bilhão, mais do que foi declarado à Justiça Eleitoral
O MDB “exigiu” de Lula a diretoria Internacional da Petrobras e chegou a travar votações no Congresso para fazer pressão
Pelo menos 900 das mil medidas provisórias editadas nos quatro governos do PT envolveram propinas
Em nota, a defesa do ex-presidente Lula afirmou que “Palocci mentiu mais uma vez, sem apresentar nenhuma prova”. Os advogados dizem ainda que a decisão de Moro “apenas reforça o caráter político dos processos e da condenação injusta imposta ao ex-presidente” e que o juiz “tem o nítido objetivo de tentar causar efeitos políticos para Lula e seus aliados”.

A ex-presidente Dilma divulgou nota na qual afirma que o valor apontado por Palocci é “absolutamente falso”. “Tal afirmação, pela leviandade e oportunismo delirantes, só permite uma conclusão: que o senhor Palocci saiba onde se encontra R$ 1 bilhão, já que o valor declarado e aprovado pelo TSE é cerca de um terço disso”, diz o texto. Ela chama a quebra de sigilo da delação do ex-ministro de “factóide eleitoral”.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que Moro “não podia deixar de participar do processo eleitoral” e que ele tenta “pela enésima vez destruir Lula”. Com informações do G1.

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