Deputados trocam socos durante diplomação em Minas Gerais

A confusão aconteceu entre deputados do PT e PSL.

Deputados trocam socos durante diplomação em Minas Gerais (Reprodução /TV Globo)

A cerimônia de diplomação dos candidatos eleitos em Minas Gerais, nesta quarta-feira (19), teve agressão física entre os deputados federais eleitos Rogério Correia (PT) e Cabo Junio Amaral (PSL).

Correia, que é deputado estadual e foi eleito para a Câmara, segurava no palco um cartaz vermelho com os dizeres “Lula Livre”.

Amaral, então, se aproxima e tenta arrancar o cartaz das mãos do petista, que revida dando um tapa na cara do deputado eleito do PSL.

Amaral ensaia um soco em Correia, mas não acerta. Logo a briga é apartada pelos demais no palco.

O deputado eleito do PSL é policial militar e coordenador do grupo Direita Minas, que apoia Jair Bolsonaro (PSL).

Correia afirmou que vai processar seu futuro colega na Câmara. “O deputado Cabo Junio Amaral tentou arrancar uma placa Lula Livre de minhas mãos e, para não permitir, eu reagi”, disse.

“Ele tentou me dar um soco, vou analisar medidas judiciais, inclusive levando em conta o estatuto do idoso, por tentativa de agressão”, disse Correia, que tem 60 anos.

Amaral, por sua vez, criticou a exibição de placas. “O pessoal pediu muitas vezes [para não exibi-las], então, se não tem ordem, a gente vai lá e resolve”, disse.

“Isso aqui é uma festa de todo mundo, comemoração da diplomação de todos. Eles dizem tanto de democracia, eles não conseguem entender o que é democracia”, afirmou.

“O espaço que eles falam plural é isso aqui. Então, a partir do momento que eles trazem essa manifestação que, pior, foi fora da vez dele, levanta e fica exibindo…”, continuou o deputado do PSL.

Ele afirmou que “outra integrante do Comando Vermelho” também exibiu placas. As deputadas eleitas Beatriz Cerqueira (PT) e Áurea Carolina (PSOL) exibiram placas de “Lula Livre” e em homenagem a Marielle Franco, respectivamente.

Amaral ainda afirmou que foi normal reagir ao tapa. “Ele achou o que? Onze anos na polícia, nunca tive medo de vagabundo, não vai ser agora.”

O deputado petista, por sua vez, defendeu seu direito à manifestação e chamou Amaral de neofascista.

“Ele é militar e já prometeu morte aos outros, então vou me resguardar, porque me sinto inclusive coagido por deputados desse tipo que não aceitam a democracia”, disse.

“Ele podia trazer a placa que quisesse, não vaiamos ninguém. Eles procuraram vaiar e agredir.”

A diplomação ocorreu no Grande Teatro do Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Na cerimônia foram diplomados 138 candidatos eleitos –53 deputados federais, 77 deputados estaduais, além do governador eleito, Romeu Zema (Novo), de seu vice, Paulo Brant (Novo) e dos senadores eleitos Rodrigo Pacheco (DEM) e Carlos Viana (PHS). Com informações da Folhapress.

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