Base aliada endurece discurso contra prefeito Jeferson: ‘O barco já tá afundando’

Vereadores da base fizeram criticas a administração municipal. vice-prefeito fez um desabafo em seu perfil no Facebook direcionado ao prefeito e ao irmão.

Vereador chama gestão de ‘desgraçada’, acusa Jeferson roubar na Câmara e critica Hospital: “Quadrilha” (Foto: Reprodução)

O vice-prefeito de Madre de Deus, Jailton Polícia (PRB),  fez um desabafo na manhã de quarta-feira (9) em seu perfil no Facebook direcionado ao prefeito Jeferson Andrade (DEM) e ao secretário de serviços públicos, Jacson Andrade, irmão do gestor.

Na publicação, Jailton pede desculpas a Felipe Soares por não conseguir a manutenção do elevador do rapaz que é cadeirante. Ele afirma que ‘há mais de 15 dias vem solicitando do secretário de serviços públicos, Jacson Andrade, e não teve êxito’.

“Já fui até o mesmo pessoalmente e venho cobrando reiteradamente por telefone e não tenho tido nenhuma resposta”, escreveu.

No post, o político destaca que “ser Vice Prefeito não está sendo um cargo de prestigio nessa Cidade”.

A Líder do governo na Câmara Municipal, a vereadora Jodiane Alves (PRB), que é esposa do vice-prefeito, Jailton Polícia, um dia antes, demonstrou insatisfação com o poder Executivo.

No plenário, durante a sessão de terça-feira (8) a parlamentar alfinetou a administração municipal afirmando que quando está na tribuna é “lembrada como líder do governo”, em seguida, questiona: ‘Agora ?’. Depois da declaração, ela foi ovacionada pela galeria. Com a voz meio embargada, e vivivelmente chateada, ela ressalta o sofrimento de pais de família.

“As pessoas estão pedindo o mínimo, básico para manter as suas necessidades que é alimentação, e doí”, disse.

A vereadora apontou problemas na saúde enfatizando que ‘parou tudo’. “O que a gente diz é assim: o barco já tá afundando”, disse.

Em seguida, ela pondera, afirmando que “os vereadores dizem que tem responsabilidade com esse mandato foi porque a gente pediu” votos para o prefeito e vice-prefeito.

“Mas eu não posso deixar de dizer à comunidade que eu estou me sentindo só, e pra nem falar no vice porque vocês estão vendo aí”, diz.

Ouça o áudio abaixo:

O presidente da Câmara, o vereador Marden Lessa (PC do B)  protagonizou um dos momentos mais tensos da sessão. Ele afirmou que teria ‘guardado’ um questionamento de um Pastor evangélico durante a caminhada da paz que teria perguntado se ‘a cidade era violenta ou o poder público estava violentando a cidade?”. Em seguida, o presidente da casa, faz mea-culpa e aos gritos afirma que se a cidade não estiver boa a culpa é dos 11 vereadores do prefeito e do vice.

” Somos nós, somos nós sim! Os 11 vereadores o prefeito e o vice, que se a cidade não estiver boa a culpa é nossa ! Não tem que jogar a culpa em ninguém não: a culpa é nossa, o povo acreditou em nós, o povo confiou em nós. Nós temos que ter responsabilidade com o nosso povo, e nós não estamos tendo responsabilidade. Estamos querendo fazer a política do oba-oba, do alisa ombro e tá tudo bom”, diz. E completa:”Não está tudo bom não, os universitário não estão bem porque a quantidade de alunos é maior que a quantidade de ônibus, isso é falta de planejamento”.

Logo depois, Marden classifica a situação como ” incompetência”, sugere ainda, que o prefeito mude as peças, sem citar nomes, ele faz referência ao secretário municipal da juventude, Ericson Gomes, que ocupa uma das secretárias mais criticadas pelo poder Legislativo.

O presidente volta a fazer mea-culpa e chama a Câmara de ” Casa de covardes”. Ainda conforme o comunista, a pauta do poder Executivo, está suspensa.

” Não vota projeto do Executivo, aqui não, tá suspenso. Eu que estou dizendo, o presidente da Casa, os vereadores se quiserem não precisam comprar a briga não. Tá suspensa a pauta do Executivo aqui até a gente ter conversa, e a conversa agora não quero mais que seja com a presidência da Casa”, afirma.

O vereador ressalta ainda que a ” conversa” deve ser na Câmara com os 11 parlamentares, disse ainda, que pediu uma audiência com o partido para estudar uma possibilidade de mais independência no mandato.

Ouça o áudio abaixo:

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