Bahia emite alerta contra dengue após número de casos da doença

Entre 1º e 18 de janeiro, foram notificados 400 casos no estado.

Aedes aegypti é o transmissor da dengue, vírus zika e chikungunya — Foto: Divulgação

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) emitiu um alerta contra a dengue nesta quinta-feira (24) por conta do crescimento de casos da doença no estado.

De acordo com o órgão, entre 1º e 18 de janeiro deste ano, foram registrados 400 casos – 196 a mais que no mesmo período de 2018, quando o estado teve 204 registros da doença. O crescimento é de 94%.

Segundo a Sesab, os casos deste ano foram registrados em 55 municípios. Contudo, os nomes das cidades não foram divulgados.

O alerta contra a doença foi emitido pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Sesab, e, conforme a Sesab, é direcionado aos profissionais de saúde do estado.

As orientações, além de contemplar os casos de dengue, incluem as outras arboviroses (Zika e Chikungunya) também transmitidas pelo Aedes aegypti.

Entre as recomendações da Divep voltadas para as equipes de saúde estão: alertar os profissionais para suspeição dos sinais e sintomas compatíveis com as arboviroses, bem como mobilizar equipes de saúde para medidas de prevenção e controle.

Além disso, de acordo com a Sesab, o alerta ressalta a necessidade de fortalecer e alinhar comunicação entre as equipes de atenção à saúde, vigilância epidemiológica e controle vetorial; intensificar as ações de controle vetorial nas áreas com registro de casos suspeitos ou confirmados de arboviroses e/ou elevados Índices de Infestação Predial (IIP); monitorar semanalmente os casos, mapeando áreas de risco e adotar medidas de controle capazes de reduzir o número de casos.

Também será intensificada a capacitação dos profissionais de saúde da rede pública a fim de aperfeiçoar o diagnóstico diferencial para zika em gestantes, priorizando as coletas de amostras nos cinco primeiros dias.

Combate ao mosquito

De acordo com a Sesab, foram distribuídos 7,4 mil kits para serem utilizados pelos agentes de controle de endemias dos 417 municípios do estado no final de dezembro de 2018.

Com investimento superior a R$ 2,6 milhões, cada kit é composto de 26 itens, como pesca larva, pipetas de vidro, tubos de ensaio, álcool, esponja, lanterna de led recarregável, bacia plástica, dentre outros materiais.

A distribuição desses kits se configura como um apoio essencial aos municípios, considerando que, segundo a Sesab, a maioria tem dificuldades para aquisição de bens e equipamentos, bem como escassez de recursos.

Definição de “caso suspeito” para cada uma das arboviroses:

Dengue: Pessoa que more ou tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo o transmissão de dengue ou tenha presença de Aedes aegypti, que apresente febre, normalmente entre 2 e 7 dias, e apresente duas ou mais das seguintes manifestações: vômitos, exantema, mialgias, cefaleia, dor retro orbital, prova do laço positiva ou leucopenia.

Chikungunya: Febre de início súbito e artralgia ou artrite intensa com início agudo, não explicado por outras condições, que resida ou tenha viajado para áreas endêmicas ou epidêmicas até 14 dais antes do início dos sintomas, ou que tenha vínculo epidemiológico com um caso importado confirmado.

Zika: Pacientes que apresentem exantema maculopapular puriginoso acompanhado de dois ou mais dos seguintes sinais: febre baixa, hipermia conjuntival sem secreção e prurido; poliartralgia e edema periarticular.

 

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